Revoluções
1. O Estado absoluto inglês
O Absolutismo inglês teve início com a Dinastia Tudor ( 1485-1603), notadamente com Henrique VIII e Elizabeth I, e terminou com a Dinastia Stuart ( 1603-1649 ). No entanto, o Absolutismo inglês possuía algumas peculiaridades, pois durante o século XIII, os nobres obrigaram o rei a assinar um documento chamado Magna Carta, que limitava os poderes da Coroa. No mesmo século, instituiu-se o Parlamento, formado por membros do clero, da nobreza e da burguesia, que se tornou uma instituição que limitava o poder do rei.
A sujeição do Parlamento à realeza, obra de Henrique VII, e a coexistência com essa instituição, esvaziada de qualquer poder efetivo, conferiram ao regime inglês o caráter de um “absolutismo disfarçado”. A subordinação da Igreja ao Estado, realizada por Henrique VIII(1509-1547) por meio da reforma anglicana, levou à ruptura com o catolicismo romano e à criação de uma Igreja nacional controlada pela monarquia absolutista. O rei, ao romper com a Igreja de Roma, confiscou as terras eclesiásticas e as vendeu aos proprietários rurais ingleses(classe conhecida como gentry). No processo conhecido como cercamentos, os grandes proprietários expulsavam os camponeses das terras e as cercavam para a criação de ovelhas, interessados em abastecer de lã as manufaturas de tecidos. Por isso, muitos camponeses passaram a perambular pelas estradas e cidades em busca de trabalho. A política naval e colonial, iniciada pela rainha Elizabeth I(1558-1603), teve como pontos altos a destruição da Invencível Armada espanhola, o incremento da pirataria inglesa e a fundação da Virgínia(1584), a primeira colônia inglesa na América do Norte.