Concepção de tempo histórico dos livros didáticos de 4ª série
DORIA apud AZEVEDO, J., 2004, p. 26
O trecho acima data de 1989 quando no Brasil o número de analfabetos era de 80% da população. Desde o início da colonização brasileira foram privilegiadas e instruídas no ensino das letras somente a elite, menosprezando-se os colonos e os escravos. Como o que acontece com uma civilização é explicado pela sua história construída ao longo dos anos, o retrato de nossa sociedade atual reflete à importância de saber ler e escrever dada pelas gerações anteriores. A própria UNESCO conceitua a alfabetização de formas diferentes conforme as décadas passam como se pode ver na citação abaixo:
“Em 1958, a UNESCO definia como alfabetizada uma pessoa capaz de ler ou escrever um enunciado simples relacionado com a sua vida diária. Vinte anos depois, a mesma UNESCO sugeriu a adoção do conceito de alfabetismo funcional. É considerada alfabetizada funcional a pessoa capaz de utilizar a leitura e a escrita para fazer frente às demandas de seu contexto social e usar essas habilidades para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida”.
SOARES apud RIBEIRO, V., 2002, p.
Trazendo o Brasil para esta reflexão, se dissermos que aqui a massa de analfabetos permanece na pré-história, porém não vive nas florestas e nem habita em cavernas mas caminha entre os cidadãos letrados estaremos reduzindo a complexidade dessa questão a um simples fator que a compõe: a falta de treino cognitivo dos que vivenciam essa situação. É imprescindível esclarecer que a responsabilidade desse fato não é somente da pessoa iletrada e sim dos