Concepção de leitura
O significado de um texto não está na soma de significados das palavras que o compõem, nem coincide somente com o que se chama de significado literal do texto. Portanto, durante a leitura de uma mensagem escrita, o leitor deve raciocinar e inferir de forma contínua, captando significados que não aparecem diretamente no texto.
Adam e Starr (apud COLOMER, 2002, p.31) afirmam que o texto proporciona apenas uma das fontes críticas de informação. É preciso que o restante provenha dos conhecimentos prévios do leitor.
Assim, ler é mais do que um simples ato de decodificar, é antes de tudo um ato de raciocínio.
Ler significa ser questionado pelo mundo e por si mesmo, significa que certas respostas podem ser encontradas na escrita, significa poder ter acesso a essa escrita, significa construir uma resposta que integra parte das novas informações ao que já se é.
Diante deste contexto, o leitor une as novas informações com aquelas que já possui armazenadas na mente e projeta uma nova idéia à escrita.
Quando o leitor se propõe a ler um texto, uma série de elementos contextuais ativa alguns de seus esquemas de conhecimento e o leva a antecipar aspectos do conteúdo. Suas hipóteses estabelecem expectativas em todos os níveis do texto, são formuladas como suposições ou perguntas mais ou menos explícitas para as quais o leitor espera encontrar resposta se continuar lendo.
Para entender o significado do texto, o leitor tem de elaborar uma interpretação global deste ao longo de sua leitura. A compreensão é a finalidade natural de qualquer ato habitual de leitura, não é fácil para ninguém ler um texto sem conseguir construir uma interpretação.
Durante toda a vida, as pessoas constroem representações da realidade, valores, ideologia, procedimentos etc. com isso compreendem as situações, uma conferência, uma informação e, evidentemente, um texto escrito. Para que alguém possa se envolver na atividade que o levará a compreender um texto escrito, é