Concepção de leitura
A leitura é uma atividade que se inicia nos primeiros anos de vida, no círculo familiar, passa pela escola e nos acompanha por toda a vida. Nesse caminho, lemos o mundo que nos rodeia, lemos textos diversos constituídos por linguagens verbal e não-verbal, lemos as imagens, símbolos, enfim, tudo pode se constituir em objeto para ser lido.
O contato com a leitura na escola se dá via livro didático, com o interesse voltado para o domínio efetivo da língua e a formação do leitor. A leitura enquanto atividade da linguagem é uma prática social de alcance político, constituindo-se de sujeitos capazes de interagir com o mundo e nele atuar como cidadãos. Essa concepção sobrepõe-se a uma concepção em que a leitura era vista como mero deciframento, repetição de um saber já conhecido, que servia apenas para gerar automatismos.
A leitura capaz de formar cidadãos exige capacidade crítica, mobilização de conhecimentos prévios para preencher os vazios do texto, percebendo não só as intenções do autor, mas construindo a significação global do texto, atendendo as pistas indicadas por ele. Também é importante que esse processo de leitura contribua para uma melhor compreensão do mundo e do seu semelhante.
Para aprender a ler é preciso estar envolvido com textos, sejam escolares, de imprensa, jornalísticos, documentários, obras de ficção.
Talvez, a princípio, pudéssemos pensar que ler é traduzir, decifrar um código escrito, ligar um significante a um significado, decodificar. Mas, a leitura vai além da decodificação, atinge a relação que se estabelece entre a escrita e o sentido, sendo necessário perceber as intenções e possibilidades de um texto, sua relação com outros textos, assegurando-se de que seja interpretado e não apenas pronunciado, traduzido.
Observando a leitura como atividade, entendemos que a figura do leitor é de grande importância, não se tratando de um elemento passivo nesta relação. O texto só se completa no ato da leitura, o que implica