Concepção de Aristóteles e Sartre sobre liberdade
O ponto de partida da utilização de Liberdade absoluta, incondicional e sem limitações passou a existir com Aristóteles. Esta compreensão de liberdade aceita como livre o que é causa de si mesmo. Com isso, a pessoa sendo livre, é o agente dos fatos sobre os quais atua de forma livre e consciente. Para uma melhor compreensão, Aristóteles define como protagonista dos fatores causadores dos acontecimentos o espírito humano e os atos do homem. A virtude como vício depende unicamente do ser humano, pois ao contrário dos animais que não têm a possibilidade de escolher sobre o bem e o mal, o justo e o injusto, o indivíduo pensante tem a capacidade de escolher no que diz sim e também pode dizer não.
“O homem é o princípio e o pai de seus atos, assim como de seus filhos” (ARISTÓTELES
Apud ABBGNANO, 1981, p. 232). Aristóteles defende também que, da mesma forma que uma boa ação depende de nós, também na mesma proporção de escolha dependerá de nós não realizar uma má ação. Além disso, considerou que se o homem conhecer o bem deve atuar de acordo com ele, visto que predominará sempre o ato livre por parte do homem a favor do bem.
Segundo Aristóteles, a ação moral do homem está ligada intrinsecamente com a liberdade da vontade, ou seja, uma ação voluntária, esta sim, implica em uma liberdade de escolha – livre arbítrio. O Estagirita então defende a existência destas duas formas de liberdade visto que, sem uma escolha, a liberdade não seria livre, tal como a escolha não seria possível se a vontade não fosse livre. Aristóteles analisa e defende o voluntarismo das ações humanas. Este conceito recorre à liberdade infinita, “voluntário é aquilo que é
“princípio de si mesmo” (ABBAGNANO, 1981, p.233). Aristóteles admite, de tal modo, o homem como livre, pois é o “principio de seus atos” (ARISTÓTELES, 1965, p. 73) já que é o principio de si próprio, uma vez que decide a respeito de assuntos que