concepçoes de infancia no nordeste brasileiro
O Brasil possui uma população de 190 milhões de pessoas, dos quais 60 milhões têm menos de 18 anos de idade, este enorme número de pessoas possui direitos e deveres, mas também necessitam de condições para se desenvolverem com plenitude todo o seu potencial, cognitivamente, socialmente e motoramente.
Em se tratando do Nordeste Brasileiro, mais precisamente na região do semiárido, onde vivem 13 milhões de crianças, mais de 70% das crianças e dos adolescentes são classificados como pobres. No campo da saúde, O ambiente social e econômico em que vive a criança e sua família tem sido reconhecido como importante preditor de condições de saúde e nutrição na infância.
Segundo a UNICEF, 64% das crianças pobres não vão à escola durante a primeira infância, isso demonstra uma demasiada ação do ambiente econômico em tais taxas pois o percentual geral das crianças que não frequentam a escola nessa etapa da vida é de 25% no Brasil de forma geral. Como na região semiárida do Nordeste Brasileiro, 70 % das crianças e adolescentes são classificados como pobres, pode-se aferir que existe uma grande parcela das crianças na primeira infância que não frequenta a escola neste período.
O contexto rural, muito forte nesta região do país, aliado às necessidades das famílias são dois dos fatores que justificariam tais números. A população nordestina possui uma visão muito forte da criança como um futuro trabalhador a fim de ajudar seus pais e seus irmãos nos afazeres rurais, muitas das vezes essa condição futura é antecipada e a criança passa a realizar atividades de trabalho principalmente, mas não somente, no manejo rural.
No entanto, o diferencial entre o urbano e o rural se faz sentir com toda a sua força quando se trata das condições materiais de vida, saúde e nutrição das crianças no Nordeste brasileiro. Neste sentido, a chance da criança da zona rural pertencer ao estrato mais pobre é maior do que a encontrada para a criança