Conceituação
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
PROJETO DE ARQUITETURA
PROF. CLÁUDIO RENATO DE CAMARGO MELLO
CONCEITUAÇÃO
Sylvio Jantzen/Roberto Martins1
Esse texto não tem por objetivo fornecer respostas prontas sobre o significado de CONCEITO e CONCEITUAÇÃO em arquitetura, mas sim fornecer subsídios para sua discussão, bem como elementos que permitam conceituar o projeto ora em desenvolvimento. De modo algum se trata de ensinar a “fazer conceituação” como quem faz um bolo ou qualquer outra receita culinária.
Um dos PRESSUPOSTOS fundamentais para a construção de conceitos em arquitetura é de que existe um SABER específico da própria arquitetura (um corpo organizado e codificado de conhecimento) sobre um determinado FAZER
(prática arquitetônica, o FAZER arquitetura). Esta prática, por sua vez, é uma prática CONSCIENTE, isto é, embasada e orientada por uma RACIONALIDADE, por determinados PRINCÍPIOS ORDENADORES, objetivando transformar o entorno humano de acordo com os valores, representações e símbolos vigentes da cultura. Em função desse “saber fazer” arquitetura e a partir de um determinado momento histórico da evolução da cultura, surge o PROJETO como um elemento privilegiado da prática arquitetônica, bem como da própria TEORIA DA
ARQUITETURA. A reflexão sistemática sobre o “fazer projeto”, por sua vez, fez com que se elaborasse a TEORIA DO PROJETO, um SABER organizado sobre um determinado “fazer” social – ou prática social – que é este mesmo FAZER
PROJETO.
Antes de passar para o estudo dos conceitos, cabe ainda apontar algumas qualidades (contraditórias!) do profissional arquiteto necessárias para a elaboração de conceitos. A INTUIÇÃO é a forma de entendimento imediata (sem mediações) da realidade, orientada pelas percepções, quase totalmente sem elaboração racional. O RIGOR é a exatidão, a precisão lógica de um processo, a fidelidade e a coerência com princípios que ordenam o trabalho. O
CONHECIMENTO E IMAGINAÇÃO