Conceituação de Sentimentos
CONCEITUAÇÃO DE SENTIMENTOS
HÉLIO JOSÉ GUILHARDI
Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento
Campinas - SP
Contingências de reforçamento produzem:
1. Comportamentos operantes que são emitidos. Eles podem ser: públicos e privados. Podem ser observados pela pessoa que se comporta e, se públicos, pelo outro também.
2. Comportamentos respondentes que são eliciados e estados corporais
(conjunto de reações orgânicas em geral respondentes, percebido como uma reação global do corpo e referido com frases do tipo: Sinto-me esquisito mas não sei bem o que acontece comigo”; “Estou me sentindo desconfortável”; “Estou meio zonzo não sei...”; “Parece que estou com uma agitação interior...” etc.). Eles podem ser: privados e públicos
(eventualmente). Podem ser observados, percebidos ou sentidos pela pessoa que se comporta e, se públicos, pelo outro também.
Não se deve atribuir uma hierarquia de uma classe de comportamentos em relação a outra (Skinner chegou a descrever que sentimentos eram sub-produtos do comportamento. Equívoco que, posteriormente, ele corrigiu, afirmando que os sentimentos eram produtos colaterais do comportamento. É mais correto afirmar que tanto os comportamentos, como os sentimentos, são produtos das contingências de reforçamento). Tanto os comportamentos operantes, como os respondentes e os estados corporais como um todo, são da mesma natureza. Todos são manifestações do organismo, que são sujeitas a leis comportamentais próprias. Embora a distinção entre operante e respondente não seja absoluta, e a separação seja essencialmente didática – há sempre, necessariamente, uma superposição respondente-operante –, pode-se afirmar que cada qual tem propriedades e funcionalidades próprias. O que a pessoa observa, percebe ou sente – no caso dos respondentes e estados corporais – são, portanto, manifestações do corpo e não sentimentos. Da mesma maneira, o que a pessoa observa, percebe ou sente – no caso dos operantes –