Diálogos do behaviorismo com a psicologia
Emoções e Sentimentos no Behaviorismo Radical: Um Esclarecimento Conceitual
03 Feb 2009
Jan Luiz Leonardi
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A conceituação behaviorista radical acerca dos sentimentos foi brevemente explanada em um texto publicado nesta coluna há dois anos (Leonardi, 2007). Entretanto, aquele trabalho não apresentou a diferença que existe entre sentimentos e emoções no Behaviorismo Radical. O presente artigo tem como objetivo explicar a teorização de Skinner sobre as emoções e mostrar como elas se diferenciam dos sentimentos.
Os sentimentos são comportamentos respondentes (incondicionados ou condicionados) subprodutos de contingências operantes, isto é, são alterações nas condições corporais – como mudanças no ritmo cardíaco, na pressão sanguínea e na freqüência respiratória – eliciadas por estímulos na interação do organismo com o ambiente. Desta forma, há correlação direta entre os diversos sentimentos e as diferentes contingências em vigor e, conseqüentemente, o que um indivíduo sente se modifica quando sua interação com o mundo se transforma (Leonardi, 2007).
Com isto, é possível notar que os sentimentos são fundamentais em uma intervenção psicológica embasada na Análise do Comportamento, uma vez que fornecem informações preciosas sobre as contingências às quais o indivíduo está submetido. Skinner (1987a/1989) resume: “como as pessoas se sentem é freqüentemente tão importante