Conceitos Weberianos
A noção de relação social aparece no momento em que um indivíduo age visando provocar a reação em outro, e de fato a provoca. É uma reciprocidade de atitudes. Se não ocorrer uma reciprocidade em algum nível, seja ela positiva ou negativa à ação do primeiro, então não houve uma relação social. Um conjunto de ações sociais direcionadas a modificar o comportmento de outro é, para Weber, uma relação social. Podemos, então, diferenciar dois tipos de relação social, a comunitária e a associativa. A primeira surge quando a atitude numa ação social permanece repousada no sentimento subjetivo de ambos os indivíduos de pertencer a um grupo, ela pode apoiar-se em várias espécies de fundamentos afetivo-emocionais ou tradicionais, no momento em que as pessoas começam a orientar o seu comportamento pelo das outras, nasce entre elas um tipo de relação, que não é apenas uma relação entre cada indivíduo separado e o mundo em volta, quando nela se manifesta o sentimento de pertencer ao mesmo grupo, surge a relação comunitária. A segunda, associativa, acontece quando a atitude numa ação social é explicada por uma união de interesses racionalmente motivados, como por exemplo uma troca racional referente a fins e recíproca. Só surgem relações associativas a medida em que um dos sujeitos da ação faz algum tipo de acordo. Em Durkheim, pode-se ver como surgem os tipos de solidariedade, como a orgânica e a mecânica. Para ele a solidariedade mecânica é encontrada em sociedades ditas "primitivas", ou seja, em agrupamentos humanos de tipo tribal formado por clãs. Nessas sociedades, os indivíduos que a integram compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários. Aqui fica subentendido que ocorrem