Conceito de Moral, de Nietzsche
Falar sobre o termo “moral” é muito complicado. É um assunto que sempre gera discussões, diferentes opiniões e posicionamentos. Ainda, podemos perguntar: o que é mesmo moral? A estas discussões e diferentes opiniões, muitas vezes, se mistura ainda a dúvida sobre o que realmente consiste a moral. O que é moral? Ou, ainda, muito mais difícil de saber e argumentar, de onde vem a moral? Qual a sua origem?
Friedrich Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, arriscou-se responder a todas estas perguntas. Em seu livro “Genealogia da Moral, ele disserta, com sua forma direta e extremista de escrever, a origem da moral. Ele explica o que é a moral, revelando sua origem, como ela foi criada e modificada no decorrer da história do mundo. Nietzsche consegue, de forma simples e objetiva, responder a muitas perguntas e, ao mesmo tempo, nos encher de várias outras, visto que esta é uma de suas principais características: o despertar da curiosidade e do questionamento do leitor sobre todo e qualquer assunto que ele escreve.
Veremos então, neste artigo, como Nietzsche interpreta o termo “moral”, falando do “bem ou mal”, “bom ou ruim”, “culpa”, “má consciência” e tantos outros sentimentos e razões de vida que foram sendo criados e impregnados no homem durante toda sua história.
O livro “Genealogia da Moral” nos faz viajar no tempo, pensar na crueldade do homem, nos seus instintos e em tudo que ele faz para contê-los. Se isto está certo ou errado, coerente ou incoerente, se isto é “moral ou imoral”, cabe a cada um decidir. O próprio Nietzsche não quer que concordemos com tudo que ele nos escreve. Sua principal intenção é justamente nos despertar um senso crítico e a curiosidade em saber o mundo no qual estamos vivendo. Neste artigo, tentaremos repassar este posicionamento de Nietzsche da forma mais fiel possível. Como ele não exige nossa concordância, nem cabe aqui expressar uma opinião, mas sim aumentar os questionamentos da consciência de cada um.