Conceito de Imaginação na Filosofia
Imaginação
Em Descartes, Spinoza e Hume
Colégio Pedro II – U.E.R. II
Grupo: Beatriz Roque (nº 02), Maria Júlia Martins (nº 22), e Thaíssa Rosa (nº 31)
Turma: 2204
Professor: Rogier Viegas
Introdução: Imaginação
Do ponto de vista filosófico, a imaginação é entendida como uma faculdade mental, a faculdade das imagens, e, portanto, é constitutiva da racionalidade e do conhecimento. O racionalismo cartesiano é o primeiro na história da filosofia que reconhece o estatuto cognitivo da imaginação, atribuindo-lhe uma atividade meramente reprodutora. Na corrente inspirada por Descartes e Spinoza, a imaginação tem como função produzir a aparência e produz erros no espírito. Segundo Descartes, é necessário romper com a aparência ilusória das coisas que nos surgem pelas imagens. Já para Hume, a imaginação é entendida pelas sensações e impressões, que fazem surgir as ideias e a imaginação nas ideias.
Imaginação em Descartes Para René Descartes, a imaginação ou o conhecimento da imagem vem do entendimento; e é o entendimento, aplicado à impressão material produzida no cérebro, que nos dá uma consciência da imagem. Esta, por sua vez, é uma afecção do corpo humano; o acaso, a contiguidade e o hábito são as fontes de ligação das imagens, e a lembrança é a ressurreição material de uma afecção do corpo, provocada por causas mecânicas; os conhecimentos transcendentais e as ideias gerais que constituem a experiência vaga são o produto de uma confusão de imagens, de natureza igualmente material. A imaginação, ou o conhecimento por imagens, é profundamente diferente do entendimento; ela pode forjar ideias falsas e só apresenta a verdade sob uma forma truncada. Contudo, embora se oponha à ideia clara, (já que Descartes, como um racionalista, opunha a imaginação à razão) a imagem tem em comum com ela o fato de também ser uma ideia; é uma ideia confusa, que se apresenta como um aspecto degradado do pensamento, mas na qual se exprimem as mesmas ligações