Conceito de agronegocio
AGRONEGÓCIOS
João Batista Padilha Junior
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III – CONCEITO DE AGRONEGÓCIOS
3.1 - Introdução De acordo com Rodrigues (1999), a agricultura brasileira viveu na primeira metade dos anos 90 uma brutal transição. Saiu de um cenário no fim da década anterior caracterizado por inflação alta, país fechado e políticas públicas razoáveis para outro, poucos anos depois, de inflação baixa, país aberto ao exterior, principalmente na agricultura, e estado falido. Nessa caminhada teve perda de renda inédita na história, tanto pela ação governamental (que descasou índices no Plano Collor estourou juros e engessou o câmbio no real), quanto pela desarticulação do setor privado. Duas diferentes tendências ficaram claras nessa transição que ainda não se completou: • de um lado, uma imensa exclusão com milhares de produtores (especialmente pequenos) e trabalhadores rurais perdendo seus empregos e patrimônios, reforçando movimentos sociais que mais tarde se transformariam em políticos; de outro, uma surda batalha pela sobrevivência, via competitividade. Dois grupos de produtores rurais se embalam nesta onda: os que entraram no Plano Real com dívidas e os que não tinham dívidas. Os primeiros, acudidos por paliativos como a Securitização, o Programa Especial Sobre Ativos (Pesa), o Programa de Recuperação das Cooperativas (Recoop) e outras ações governamentais, esperam por solução definitiva para seus problemas. Os segundos estão fazendo a maior revolução deste século no cenário rural brasileiro.
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Essa revolução tem três facetas: uma bem evidente, que é a tecnológica, e outras duas pouco mensuráveis, a gerencial e a de modelo. A revolução tecnológica se caracteriza pelo uso do que há de mais evidente em matéria de inovação para o campo: tratores, máquinas e implementos, colheitadeiras de última geração rodando pelas fazendas