Comunidades macrobentonicas

Comunidades Macrobentónicas no Estuário do Rio Mondego
Universidade de Coimbra 2012

RESUMO Os estuários são sistemas hídricos que proporcionam grandes desenvolvimentos nas zonas urbanas, visto fornecerem diversos recursos para um leque de actividades humanas consideradas importantes quer social ou economicamente, sendo exemplos destas, as actividades piscatórias, portuárias e mesmo de lazer. Com este estudo é possível observar os efeitos da presença humana e da sua intervenção no braço Sul do estuário do rio Mondego, comparando a biodiversidade de organismos presente nas zonas Eutrofizadas e nas zonas de Zostera e verificando os efeitos de poluição nestes respectivos locais.

1

INTRODUÇÃO Em todo o globo presenciam-se alterações climáticas e mudanças ambientais, com diferentes origens, sendo de extrema importância a preservação de espécies, e respectivos habitats, e a utilização de avaliações em ecossitemas que evidenciem estes efeitos. Os estuários representam assim um bom exemplo destes ecossistemas em estudo. Toda a sua hidrodinâmica contribui para a retenção de nutrientes “sustentando uma actividade biológica intensa, facto que potencia o desenvolvimento das comunidades ribeirinhas e intensifica o stress ambiental sobre estes ecossistemas aquáticos”. (Pardal M.,et al ,2008) Considerando que, devido à capacidade de diluição e transporte dos residuos para o mar, os estuários são locais de descarga de águas residuais, acontecimento que intensifica a actividade biológica destas zonas. Os processos de eutrofização são muito comuns nas zonas costeiras e o braço sul do estuário do rio Mondego é bastante representativo deste fenómeno. A eutrofização consiste num aumento acentuado de nutrientes que, com o tempo, se vão tornando excessivos para o meio circundante. Este processo leva à consequente proliferação e/ou substituição de algumas espécies de organismos, impedindo a utilização da respectiva água para os fins apresentados. A poluição antropogénica deste