Fauna associada a comunidade incrustante do emissário submarino de maceió
Resumo
Os substratos consolidados artificiais, submersos em ambientes marinhos, são habitados por diversos organismos bentônicos. Alguns destes organismos colonizam estruturas artificiais submersas, apresentando composição semelhante do que os substratos naturais adjacentes. Espécies da fauna bentônica com fase adulta séssil produzem ovos e larvas pelágicos, em sua maioria, que se encontram dispersos na coluna d’água e colonizam superfícies adaptadas e criadas pelo homem. Conseqüentemente, qualquer novo substrato com características favoráveis ao assentamento larval e localizado em ambientes adequados, pode ser ocupado rapidamente por novas comunidades, que acabam incrementando a cadeia trófica local, propiciando o desenvolvimento de representantes da fauna constituintes dos níveis tróficos superiores. Na costa de Alagoas existem poucos trabalhos sobre a fauna macrobentônica associada às comunidades incrustantes presentes em substratos artificiais, sendo que os substratos consolidados existentes nas regiões entremarés na região nordeste são escassos quando comparados com os inúmeros costões rochosos que ocorrem no litoral sudeste brasileiro. Nota-se então a necessidade de ampliar os estudos sobre a biodiversidade da fauna associada destes ambientes criados artificialmente. O local da realização do presente estudo foi o Emissário Submarino de Maceió, Alagoas, com coordenadas geográficas 9°40'49,31"S e 35°44'58,51”W, localizado na Praia do Sobral, no litoral sul de Maceió, capital do Estado de Alagoas. Trata-se de uma unidade operacional sustentada por inúmeras pilastras de concreto, fincadas na areia, desde a linha de praia até alguns metros de profundidade, cuja construção ocorreu há muitos anos e apresenta uma comunidade incrustante já bem estabelecida. Objetivou-se analisar quali-quantitativamente a fauna associada à comunidade incrustante do Emissário Submarino de Maceió,