Comunidade escrava
PARENTESCO E COMUNIDADE ESCRAVA
Vemos que as mulheres, crianças e os cativos crioulos eram mais beneficiados com a carta de alforria, até mesmo das alforrias condicionais e remuneradas, e também tinham mais acesso ao questionamento jurídico sobre escravização ilegal e as vantagens dos mesmos sobressaia em relação aos escravos africanos. Eles formam 86% dos escravos com nacionalidade declarada no libelo inicial, num contingente de 380 ações de liberdade, havia um equilíbrio entre homens e mulheres autores das ações, mas era necessário mencionar uma mulher, (mãe, avó ou mesmo bisavó) que teria sido alforriada, seria como base levando as relações familiares dos cativos se evidenciar em 46% dos processos, nomeando 890 pessoas. A relação familiar era mais importante do que a proximidade da família senhorial. Se a família foi essencial para o acesso a alforria, a chegada de novos braços e a formação de novos plantéis a maioria masculinos, fazia da violência, do celibato e do castigo físico a face mais visível da escravidão, as senzalas eram divididas em cubículos individuais ou coletivos , não tinha crianças e eram trancadas por fora. Além dos feitores, a maioria dos cativos casados, amasiados moravam em cabanas conhecidas como senzalas em quadrado. Alguns escravos sozinhos moravam com outras famílias escravas, conforme a conveniência dos senhores e deles próprios. A vida dos escravos era dura na América, e para os africanos a experiência de ressocialização era bastante dolorosa, quando chegavam eram colocados em comunidades diferentes, construindo-se assim uma identidade cultural e lingüística impossível de ser construída na própria África, essa integração se intensificava com tempo e as gerações, e assim foi se criando condições para preservar grande parte da herança cultural africana. Os cativos, especialmente os nascidos