Comunicação e Expressão CED UP
Prezado Editor,
Numa das últimas publicações, li uma reportagem falando sobre acidentes de trânsito que envolvem motocicletas. Considerei esta reportagem tendenciosa e injusta, pois fazia julgamento dos motociclistas dando a entender que eles são sempre os culpados nos acidentes em que se envolvem, baseando-se numa interpretação um tanto errônea de alguns números. Concordo que precisamos de uma regulação mais firme e detalhada para motos, mas sou obrigado a discordar a culpa total destes condutores. Acredito que não somente motociclistas precisam de reeducação e seus testes de habilitação reavaliados, mas motoristas de carros precisam da reeducação no que diz respeito ao convívio social, já que as ruas são espaços comuns.
Carros podem, sim, serem os causadores de acidentes. Afinal, todos estão sujeitos a erros e falhas e, como se isso não bastasse, muitos ainda dirigem como se não houvessem regras. Esta regulamentação que deve ser seguida por todos os envolvidos no trânsito (nisto se incluem os pedestres) serve para que todos possam conviver, diminuindo a exposição aos riscos de acidentes.
Como o Juarez Belém dissera numa Carta do Leitor, existem “motoristas desatentos, ou, no mínimo, descuidados: curvas malfeitas, celulares colados na orelha (...)”. Ao contrário do que tinham defendido, acredito que falta conscientização e esforços das duas partes. Dos motociclistas com relação à comportamentos que respeitem as regras de trânsito e dos motoristas com relação à comportamentos que zelem pelo bem comum do próximo e de todos.
Vejo como boa parte da solução dos problemas, as propostas elaboradas no Fórum de Acidente de Motocicleta. Aqui, estamos falando de um terceiro esforço: o dos órgãos públicos. Em meio à estas propostas, estão soluções simples que, à cargo do governo, podem reduzir os riscos e números razoáveis nas estatísticas. Entre estas propostas, se defende a ideia de ser mais rigoroso nos cursos de habilitação e definição de um