comunicação e expressao
Departamento de Didática,
Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Araraquara
Par a início de conversa...
Quando iniciamos uma discussão acerca da avaliação educacional e seu papel no desenvolvimento dos alunos, deparamo-nos com práticas que atuam como verdadeiras travas para o desenvolvimento da educação. De valioso instrumento para a rearticulação de todo o processo de ensino-aprendizagem, ou mesmo de acertos e reparos pequenos em práticas que levem o aluno a aprender, ela normalmente é desvirtuada dessa sua função para assumir uma importância que, analisando-se com acuidade, a torna legitimadora da exclusão ou da classificação indevida dos alunos, sancionando as desigualdades que a sociedade exibe fartamente.
Para começarmos a desmistificar a avaliação, podemos usar como metáfora uma pessoa que, ao ir ao médico com alguma dor, recebe por parte deste profissional um guia para fazer determinado exame para descobrir a causa de determinada dor e, a partir dos resultados, proceder com o tratamento adequado.
Pois bem, utilizando essa metáfora, comparando-a com a avaliação ao final de um tema ou conteúdo em que o professor constata que o aluno não sabia o que deveria saber, o que estava traçado no plano de ensino, e por isso será reprovado, poderíamos dizer que, salvas as proporções, seria como o médico que pediu o tal exame apenas para dizer que a pessoa tem uma determinada doença e que por isso irá morrer, pois ele não fará nada.
Voltemos à sala de aula... O professor que, ao final do bimestre ou do ano letivo, apenas constata que o aluno não sabia isso ou aquilo e nada faz para reverter a situação está selando o fracasso do aluno.
100
A avaliação dever servir como elemento para que tanto professores, quanto alunos possam rever caminhos, metodologias, para que estes possam melhorar e aqueles, ao fazer uso da avaliação para si, melhorem suas relações com o