Acesso à Educação: Houve Redução das Disparidades Regionais e Estaduais? Brasil e Nordeste 1981-2005
Disparidades Regionais e Estaduais?
Brasil e Nordeste 1981-2005
Fernanda Mendes Bezerra
Mestre em Economia Programa de PósGraduação em Economia (Pimes)/Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE);
Doutoranda em Economia/Pimes/UFPE;
Endereço: Departamento de Economia.
Francisco S. Ramos
Doutor em Economia pela Université Catholique de Louvain;
Professor do Departamento de Economia
– Pimes.
Resumo
Analisa a distribuição do capital humano no Brasil, para o período 1981-2005, concentrando a atenção na região Nordeste, a região com o menor PIB per capita, portanto, a que merece maior atenção dos formuladores de política regional. Examina os possíveis impactos de tal distribuição sobre o produto per capita e sobre a desigualdade de renda.
O Índice de Gini Educacional (IGE) e o desvio-padrão como indicadores de desigualdade educacional permitem obter os seguintes resultados: (i) houve redução na desigualdade educacional para todas as regiões; (ii) houve maior acumulação de capital humano para as mulheres em todas as regiões; (iii) a distribuição do capital humano mostrou-se relevante para a determinação do produto; e (iv) o IGE dá uma informação mais precisa do que o desviopadrão para examinar a desigualdade educacional.
Palavras-chave:
Distribuição da Educação. Índice de Gini Educacional. Diferenças Regionais.
1 – INTRODUÇÃO
Níveis educacionais têm sido importantes para explicar vários aspectos econômicos e sociais, como crescimento e desenvolvimento econômico sustentável, desigualdade salarial, desigualdade de renda e nível de pobreza. Barros, Henriques e
Mendonça, em trabalhos realizados em 2000 e
2002, ressaltam que a educação tem impacto direto sobre crescimento populacional, ambiente familiar e participação política e, portanto, o investimento em educação pode acarretar ainda maior eficiência econômica, redução da pobreza, e facilitar a mobilidade social. Neste sentido, Leon e