comunicação - a invasao das marcas
O começo da marca
A invasão da sociedade pelas marcas não é um fato moderno, na verdade ela é uma continuação da prática medieval da cultura heráldica. Essa cultura surgiu com o aparecimento das armas e brasões do século XII. O nascimento dessa cultura significou o momento em que se afirmaram a identidade do grupo e a do individuo. A heráldica fixou as bases de uma “civilização da marca”, com isso surgiu uma forma de classificar, hierarquizar, valorizar e destacar. Por exemplo os exércitos usam diferentes brasões e armaduras. Isso era uma marca identificadora. “Toda pessoa, lugar ou animal carrega de modo ou de outro uma marca que diz quem ele é”.
Evolução da marca
Mesma nessa época as marca serviam tanto para a constituição da ordem social, quanto para uma expressão estética. Já na revolução industrial as marcas remeteram a uma lógica de classes antagonistas. Hoje, diferentemente de antes, elas são distribuídas ao longo de uma escala a do ser. Elas sustentam essa estrutura do ser. As pessoas buscam na marca uma forma de personalizar seus atos e dar um significado as coisas. Uma marca também pode dar maior visibilidade. Um exemplo são os T-shirts, em que basta o logotipo de uma grande marca para dar sentido e valor ao objeto.
A marca hoje
Hoje, os jovens querem poder reconhecer-se entre si e precisam de sinais exteriores de pertencimento, as marcas podem ser esses sinais. Cada vez as marcas se tornam um vetor de socialização. Ela deixa de ser uma necessidade do individuo. Elas se tornaram um fator de agregação: em torno delas formam-se, constituem-se grupos. Às vezes a marca fabrica um grupo e o individuo acaba tendo na marca uma imagem dele mesmo.
O autor explica a magia do nome usando os emblemas, que é uma associação de uma imagem pictórica com uma legenda, que representa um conceito ou uma entidade. Sobretudo, entre os séculos XV e XVIII, designaram-se "emblemas", cada um dos conjuntos constituídos por uma imagem enigmática