Trabalho de historia
Poucos minutos de convivência com Rogério foram suficientes para detectar a presença de elementos norte-americanos. No entanto ele foi apenas um exemplo utilizado para que iniciássemos uma análise do processo de invasão cultural norte-americana sofrido por nós aqui no Brasil. Como alguns elementos desse processo, intensamente absorvidos e incorporados á nossa rotina diária, são menos claramente percebidos do que outros tentaremos fazer um levantamento geral de sua presença em nosso cotidiano.
Acreditamos que algumas circunstâncias nos têm levado a encarrar com excessiva naturalidade, ou até mesmo com certa indiferença, a predominância no Brasil desses elementos tão estranhos à nossa cultura.
Nossa extrema familiaridade com a língua inglesa, por exemplo, é uma dessas circunstâncias, porque depois do português ela é a língua que mais ouvimos, lemos e falamos no Brasil, embora estejamos cercados de países de língua espanhola e convivamos com imigrantes de várias nacionalidades, cujas “falas”, aliás, a maioria dos brasileiros tem dificuldade até mesmo de identificar a origem.1
Objetos os mais diversos têm nomes ou marcas de fantasia em inglês, e, às vezes, esses nomes não correspondem a nenhum vocábulo realmente existente nessa língua, mas parecem a ela pertencer devido à forma como são escritos. Proliferam-se por isso palavras que não passam de hibridismo criados pela mistura do português com algumas características gráficas da língua inglesa, que lhes conferem certo “sotaque” norte americanizado, tão ao gosto da classe média brasileira atual. E assim é que usamos Panex, Neutrox, Kibon, Close-up, compramos na Gurilândia, comemos no Antonio’s etc. Algumas palavras inglesas já foram abrasileiradas em sua escrita, outras que são bastante usadas, mas nunca foram traduzidas para o português. É o caso de close, drive-in, show, slogan etc.2
Alguns hábitos comuns aos americanos foram sendo vivenciados tão