Comunicação rural
A comunicação tem enfoques bastante diversificados, atraindo a atenção de políticos, especuladores e estudiosos. Entretanto, em qualquer que seja o enfoque, se apresenta com uma importância fundamental dentro do processo social, por representar uma necessidade básica da pessoa humana.
Apesar da evolução ocorrida nos meios e instrumentos utilizados pela comunicação, sua concepção é praticamente a mesma desde sua origem até os dias atuais. A mensagem, falada ou escrita, que no início era restrita às relações com indivíduos e pequenos grupos, passou a ser multiplicada pelos mecanismos, aparelhagens e empresas de rádio, cinema, televisão, jornais, revistas, boletins, internet e outros meios, podendo alcançar, simultaneamente, públicos maiores e até muitos milhões de pessoas de todo o mundo, de uma só vez.
A capacitação técnica de especialistas cuja tarefa preponderantemente no campo da técnica se associa a reflexões, estudos e análises sérias das dimensões mais amplas nas quais se dá o próprio que fazer técnico. Uma concepção critica da reforma agrária, que sublinha a mudança cultural, que reconhece a necessidade da mudança da percepção, abre um campo de trabalho altamente fecundo ao extensionista/educador. Mais que descartar a passividade do receptor em um sistema comunicacional, o educador brasileiro Paulo Freire o coloca como sujeito ativo capaz de provocar mudanças no próprio emissor. O teórico desloca, definitivamente, o emissor/educador do pedestal histórico em que sempre se sobrepôs, e o posiciona no mesmo nível horizontal dos receptores. Para ele, o emissor tem muito a aprender com o receptor.
No que se refere à comunicação no âmbito da assistência técnica e extensão rural no Brasil, observa-se que a construção teórica pode ser analisada a partir da separação em dois momentos: o difusionismo e a concepção dialógica. Portanto, o estudo da comunicação rural no Brasil passa necessariamente pela compreensão da discussão que se desenvolveu