Comunicação Intercultural

1. Portugal é um país com um índice de individualismo baixo em relação à média europeia. Indique algumas características que estejam relacionadas.
Em Portugal, as crianças nascem num seio familiar “tradicional”, ou seja com a figura do pai e da mãe (apesar do conceito de família tradicional estar a sofrer algumas alterações, pois já encontramos muitas famílias monoparentais ou do mesmo sexo), mas do qual também fazem parte os avós, tios, primos, ou seja nascem no seio de uma família alargada, onde são protegidos por todos e onde existe uma comunicação de elevado contexto. Desde cedo que a criança é levada a pensar no conceito de “nós” e não do “eu”, o bom ou o mau afectará todos os membros da família.
Na escola, o professor continua a tratar os alunos como um grupo e nunca como indivíduos isolados, adaptando as qualidades de cada membro do grupo a fim de valorizar as suas capacidades. O facto de o individuo terminar os estudos e conseguir o diploma, é motivo de orgulho e honra para toda a família e não só para o aluno.
Na vida profissional segue-se a mesma linha, o empregador prefere habitualmente recrutar familiares em primeiro lugar e mesmo as promoções têm em conta a linha de pertença. Podemos também verificar que existe uma certa distância hierárquica, já que os colaboradores preferem saber como devem efectuar determinada operação do que fazer parte da tomada de decisão em determinar como efectuar a operação.
No entanto, com a entrada de multinacionais no nosso mercado de trabalho, podemos verificar já algumas alterações neste campo. Ou seja, existem cada vez mais empresas a premiar as competências dos seus colaboradores, através da avaliação de desempenho. Um individuo que seja mais trabalhador, competente e assertivo no seu local de trabalho, é premiado com um aumento de salário, prémio ou benefícios sociais, independentemente do seu colega do lado (que não tem o mesmo desempenho).
Apesar de este processo poder levar a algum conflito interno na empresa, não