Comunicação em saúde

Doenças Cardiovasculares – Um problema de Saúde Pública

De acordo com a Direção Geral de Saúde, as doenças cardiovasculares (CV) continuam a ser a principal causa de mortalidade na população portuguesa, (à semelhança dos restantes países europeus). Acompanhando a elevada taxa de mortalidade está a morbilidade associada a estas doenças, acarretando um importante impacto económico (incapacidade dos doentes e custos do tratamento). (1)
Contudo, à que destacar através da análise do gráfico um importante decréscimo no número de óbitos causados por estas doenças. Tal facto resulta da conjugação de dois fatores: a eficácia das medidas genéricas de prevenção (como a adoção de estilos de vida saudáveis e na correção de fatores de risco modificáveis), associada a avanços na área terapêutica. (2)
No artigo “Hipertensão Arterial no Jovem – Uma doença subvalorizada” é exposto o problema da elevada mortalidade e morbilidade causada pelas doenças CV: As manifestações clínicas destas doenças, apesar de se observarem maioritariamente no adulto, resultam de um processo patológico que se inicia no período fetal, progredindo ao longo da vida. Quanto mais precocemente se atuar neste processo, mais se irá retardar a sua progressão e manifestação das doenças. É identificado como fator de risco de doenças CV mais frequentemente modificável a hipertensão arterial, principalmente se desconhecida (como acontece na grande maioria da população jovem) ou não controlada. Esta condição está intimamente relacionada com o excesso de peso, que se tem verificado cada vez mais na população, tornando-se necessário alterar comportamentos de risco desde a idade mais jovem (infância e adolescência): redução do sal na dieta, aumentar o consumo de fruta e vegetais, restrição de gorduras saturadas, cessação tabágica, manutenção do peso adequado, restrição do stress e do consumo de álcool e prática regular e efetiva de exercício físico (mais importante que a intensidade é a regularidade). Os hipertensos