Comunicaçã e expressão aula 7

Prisão de homofóbico faz esquecer polêmica do beijo gay
Nina Lemos
(www.folha.uol.com.br)

Enfim, a primeira prisão por homofobia da teledramaturgia brasileira.
"Não acredito que isso esteja acontecendo". A comemoração de algumas pessoas na noite de terça-feira pelo Twitter, enquanto viam a novela, era enorme.
"Será que o tão prometido beijo gay finalmente aconteceu?"
Nada disso, mas motivos para comemorar não faltavam. Pela primeira vez na história da teledramaturgia brasileira, um personagem foi preso por ter cometido um crime homofóbico. Isso não é pouco, não.
Vinicius, o jovem psicopata, perturbado e apavorante de "Insensato Coração", foi parar no "trending topic" do Twitter na vida virtual. Virou assunto de mesa de bar e de casas de família na vida real. E foi parar atrás das grades na ficção.

O momento para esse tipo de debate (e, sim, uma novela leva a uma discussão, alguém ainda duvida?) não poderia ser mais propício. Os crimes homofóbicos nunca foram tão noticiados. Não, ninguém está dizendo aqui que eles não existiam antes. Mas com a internet, as redes sociais etc, eles saíram do armário. Todas as semanas, infelizmente, temos acesso a alguma uma notícia horrorosa desse tipo.
Em "Insensato Coração", os autores mostraram não só um crime, mas uma prisão. Homofóbico assassino tem que ser preso. Isso ficar claro em uma novela não é pouca coisa.
A prisão de Vinicius é o ápice de uma coisa nova e bacana que acontece na novela das nove (que não é mais das oito, mas é tão tradicional como sempre foi para a "família brasileira"). Nunca a crise em se assumir gay foi mostrada na TV de maneira tão verdadeira. E nem o conflito normal entre pais e filhos.
Suely, a dona do quiosque gay, simpatizante e engraçada, ter entrado em crise antes de acolher seu filho homossexual não poderia ser mais real.
Muitos pais não são preconceituosos, mas desde que "não seja com filho meu". O drama de Suely, a moça simpática da novela, teve final feliz com ela orgulhosa do