computador na escola
Eduardo O C Chaves
A introdução dos computadores no ensino de 1º e 2º graus não é conseqüência de um modismo. A resolução do Governo de aplicar a informática no processo educacional brasileiro resulta da necessidade de minimizar alguns dos problemas do nosso sistema de ensino. Apenas como exemplo, de cada 100 alunos que ingressam na 1º série do 1º grau, apenas a metade passa para a 2º série e menos de 30 atingem a 5º série.
O computador surge como um meio auxiliar alternativo de ensino, um recurso a mais para a diminuição das carências, em especial no 1º grau, notadamente quanto à evasão e à repetência.
1 - Principais Críticas
Muito se tem dito, ultimamente, sobre a utilização do computador na educação como um meio de minorar os problemas evidenciados pelos baixos índices de desempenho dos alunos no processo ensino-aprendizagem e os altos índices de evasão e repetência. A favor e contra. Infelizmente, grande parte das afirmações feitas, tanto de um lado como do outro, reflete, freqüentemente, algum desconhecimento de causa. As vezes até‚ muita desinformação. Tanto do lado dos defensores como dos críticos há pessoas que, no fervor do entusiasmo ou no zelo da crítica, não foram, lamentavelmente, informar-se, antes de tomar posição. E o essencial, aqui, mesmo mais importante do que ser a favor ou contra, é compreender do que efetivamente se trata.
Nem toda forma de utilização do computador na educação se presta igualmente bem a atingir certas objetivos educacionais. Algumas formas de utilização são mais adaptadas a certos objetivos educacionais, outras se prestam melhor a outras finalidades pedagógicas. Mas, ao final, quase todo emprego do computador na educação pode trazer resultados pedagogicamente benéficos.
O objetivo principal, nesta parte do trabalho, será tentar esclarecer uma série de questões que não têm sido muito bem compreendidas pelos críticos, e, às vezes, nem pelos defensores da utilização do computador na educação.