compulsao à internet
Seria uma nova patologia determinada por razões culturais e técnicas?
Diz a anedota: “o computador veio resolver problemas que a gente não tinha”. Cada nova aquisição tecnológica deve sempre ser analisada à luz da relação custo-benefício, ou utilidade versus problemas.
Ainda que não se saiba até o momento, e com certeza, se os problemas relacionados à Internet serão clinicamente significativos no futuro ou se serão de irrelevantes, o que se tem constatado é que seu uso pode estar presente em diversas patologias psíquicas, ora aparecendo como condição secundária à essas patologias, ora constituindo-se numa condição primária da própria patologia. No primeiro caso teríamos a manifestação de alguns transtornos através da Internet, como seria o caso da adicção ao jogo e ao sexo, no segundo caso como a nova descrição psicopatológica da Adicção à Internet.
Alguns autores mais pessimistas consideram que os novos dispositivos tecnológicos capazes de diminuir muito, ou mesmo substituir, esforços humanos podem nos debilitar, podem nos fazer menos humanos. E pouco importa se tal temor tenha ou não fundamento, pois já foi provocado por diferentes avanços tecnológicos em diferentes momentos da história, segundo Umberto Eco (1996). Agora é a vez da Internet a provocar o mesmo temor.
Dentro das dependências sem substância, que podem ser comparadas à comportamentos compulsivos, a única reconhecida nas classificações oficiais (CID-10 e DSM-IV) é o Jogo Patológico. Entretanto, o uso por Compulsão da Internet, bem como o excesso de exercício físico, de trabalho, o Sexo Compulsivo, a Compulsão às Compras, alguns incluídos nos Transtornos do Controle de Impulsos, são quadros que devem ser mais bem estudados pelas importantes implicações na vida cotidiana.
Existe Compulsão à Internet?
Não sabemos ainda se é justo falar em compulsão à Internet, se existem pessoas consideradas normais que passam muito tempo na frente da televisão ou do aparelho de som e,