Compreendendo a Linguagem Tridimensional
Imagem 1: long chaise projetada a partir de sistemas estruturais da natureza.
O Dicionário Michaellis (2012) descreve o termo tridimensional como “relativo às três dimensões (comprimento, largura e altura)”. A linguagem tridimensional pode ser entendida através de sua correspondência com o bidimensional, estabelecendo uma dicotomia da representação em que cada modalidade abrange especificidades próprias da linguagem visual. Assim como o bidimensional está para o plano, o tridimensional está para o espaço:
Imagem 2: dicotomia: bidimensional e tridimensional.
A representação visual no papel ou em qualquer outra superfície, por mais que seja fidedigna com o objeto representado e alcance um alto nível de simulação (mimese) da dimensão/volume através da perspectiva (além de outros elementos como a escala tonal) é, sobretudo, um artifício. Pense como arquiteto e imagine-se em três fases básicas do trabalho: pesquisa, projeto e execução. Primeiramente o arquiteto investiga o conceito, materiais, usabilidade e qualidade estética do produto/objeto ou obra. Depois ele começa a projetar através de croquis até a projeção do desenho técnico definitivo. Esta fase do trabalho lida diretamente com a representação, uma vez que se imagina, através de elementos visuais, como o objeto ou obra seriam. Nesse sentido, há vários mecanismos que podem auxiliá-lo, tais como: o desenho no papel, no computador ou a elaboração de maquetes digitais ou físicas. Note que estamos no nível da representação – ou simulação – de algo que pode se tornar real. Neste momento em que teoria e prática se complementam (visto que não podem ser compreendidas separadamente), é muito importante o espírito criativo e investigativo, uma vez que o sucesso do produto final dependerá de um projeto bem feito, fundamentado e capaz de servir de estudo e experimento para sua aplicação/execução. Dessa forma, podemos entender a informação visual da representação como