Composição da memória gustativa
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS/CONTINENTE
HISTORIA DA GASTRONOMIA II
PROFESSOR: DR. LUCIANO DE AAMBUJA
ALUNO: MARCELO PEREIRA DEMILIS
RAFAEL PERAO
VITÓRIA ULIANA BIANCHINI
Composição da memória gustativa
A expressão da gastronomia se dá por meio dos hábitos alimentares de cada povo, legado repassado entre as gerações desde a pré-história, quando os nossos antepassados compartilhavam a comida que preparavam de acordo com os recursos alimentares disponíveis nas regiões onde viviam. Desta forma, cada comunidade criou sua própria cozinha, cuja seleção de alimentos era ditada pela tradição e pela cultura. Segundo
Dória (2006) a gastronomia está relacionada à compreensão da relação do homem com o meio, dando margem à construção da identidade de cada um como um processo interativo com o próprio ambiente em que vive, os hábitos e práticas alimentares de grupos sociais.
Essas práticas, antigas ou recentes, podem vir a se conjugar em tradições culinárias, e assim por fazer com que o indivíduo sinta-se inserido em um contexto sociocultural, delimitando uma identidade, reafirmada pela memória gustativa (HOBSBAWM e
RANGER, 1997). A memória gustativa se associa a diversos fatores, um deles diz respeito às sensações e/ou percepções gustativas, relacionadas ao paladar, ou seja, doce, salgado, azedo, amargo, etc. Essas percepções provêm das relações entre experiências, memórias, emoções e as sensações reconhecidas pelos sentidos humanos. Ela é capaz de ativar uma sensação que transcende o tempo no qual o indivíduo está inserido. A sensação incita o indivíduo a buscar nele próprio o que seria aquele sentimento
(CORÇÃO, 2006).
Por experiência tem-se, de modo geral, a relação com os cinco sentidos – tato, olfato, visão, paladar e audição – que por sua vez reagem a alguma forma de estímulo. Dewey
(1959) afirma que este conceito vai além, colaborando com