Comportamneto
Ao tentar responder a questão título desta apresentação tem-se que explicitar inicialmente uma importante limitação metodológica. No trabalho clínico típico, quer em consultórios, quer em clínica-escola, onde não se faz pesquisa com controle rigoroso de variáveis, é impossível afirmar quais variáveis estão de fato em operação, quais estão sendo manipuladas, quais estão sendo modificadas, em suma, o que é função de que. Não se está afirmando que o trabalho clínico não comporte uma investigação cientificamente rigorosa. Delineamentos de caso único - reversão, linha de base múltipla e variações destes dois delineamentos experimentais básicos - permitem que se alcance num trabalho clínico respeitável status científico (Hersen & Barlow, 1976). O trabalho clínico é legitimado por inúmeros autores, e o próprio Skinner (1978, p. 29) ao mencionar que “o material a ser analisado por uma ciência do comportamento provém de muitas fontes explicita que “a observação clínica fornece material em quantidade... Ainda que, geralmente, se concentrem nos distúrbios que levam as pessoas às clínicas, os dados clínicos são frequentemente interessantes e de especial valor quando a condição excepcional do paciente indica uma característica importante do comportamento.” Assim, ao lado das eventuais contribuições que traz ao cliente que dele se socorre para obter alívio de seus problemas, também contribui com suas descobertas, apesar das limitações metodológicas, para o corpo de conhecimento da Psicologia como Ciência. Neste trabalho é necessário ter claro que se reconhece que na clínica não se está fazendo um trabalho de análise experimental de comportamento (Skinner, 1978), mas o terapeuta comportamental munido dos conhecimentos de princípios, conceitos e procedimentos comportamentais olha para a realidade clínica com o referencial teórico da