Comportamento de Felinos
A maioria das queixas de problemas comportamentais é consequência de restrições da vida doméstica, impostas a uma espécie que não é verdadeiramente domesticada e também de uma má interpretação do proprietário do comportamento felino. É importante compreender o comportamento felino para saber lidar com ele, seja na criação ou no trabalho do veterinário.
Na vida selvagem, os gatos vivem em grupos familiares e têm muito pouco contato com gatos estranhos. Eles caçam sozinhos e quando estão caçando, eles objetivam minimizar ao máximo qualquer interação com outro felino. Por esse motivo, a maioria dos sinais comportamentais do gato tem a intenção de aumentar a distância entre os indivíduos e aqueles sinais que encorajam a interação são reservados aos membros do grupo.
A sociedade felina é matriarcal, com fêmeas parentes, mais velhas cuidando das crias umas das outras e defendendo os indivíduos do grupo. Sem a presença de uma rede hierárquica, como em casos de residências com vários gatos não parentes, a estabilidade do grupo depende dos comportamentos cooperativos, como lambedura mútua e o ato de se esfregarem. Lambedura mútua:
Geralmente é vista em gatos que estão descansando juntos e parte dos dois indivíduos. Além de promover o fortalecimento de laços entre os membros do grupo, esse comportamento também é visto entre indivíduos que tiveram um desentendimento recente, como se estivessem fazendo as pazes.
Esfregando um no outro: Esse comportamento visa misturar o cheiro e a troca carinho (sinal tátil). Ele parte de um indivíduo (geralmente do mais fraco) e pode demonstrar um reconhecimento da posição hierárquica do outro, como:
- Gatinhos se esfregam em todo mundo, com menor frequência em machos adultos.
- Jovens se esfregam em fêmeas adultas.
- Fêmeas adultas se esfregam entre si e, ocasionalmente, em machos adultos. O gato aproxima-se com o rabo levantado na intenção de se esfregar e o que vai acontecer