Complexo de édipo
O Complexo de Édipo é de extrema importância para a formação da personalidade da criança. De acordo com Gomes (1998) Freud foi a primeira pessoa a dar importância ao mito do Édipo, que havia sido descoberto há 2400 anos atrás pelos gregos. A primeira definição feita por Freud era o fato de o filho apaixonar-se pela mãe e ter ciúmes do pai, conferindo ao Complexo de Édipo um caráter de universalidade. Assim para Freud (1924, apud GOMES, 1998 p.43):
Deve haver algo que torna uma vez dentro de nós pronta a reconhecer a força compulsiva do destino no Édipo. É o destino de todos nós, talvez dirigir nosso primeiro impulso sexual no sentido de nossa mãe e o nosso primeiro ódio e o nosso primeiro desejo assassino contra nosso pai. Nossos sonhos nos convencem que isto é o que se verifica. Mostra a realização dos nossos próprios desejos de infância.
É durante a fase fálica, no período da vida de cerca de dois anos e meio a seis anos, que segundo Brenner (1987) se constitui a fase edipiana. As relações de objeto que abrangem o complexo edipiano são de grande importância tanto para o desenvolvimento mental normal quanto para o patológico. Freud em seus estudos clínicos descobriu que no inconsciente dos pacientes neuróticos se manifestavam fantasias de incesto com o genitor do sexo oposto, ligadas ao ciúme e à raiva homicida contra o genitor do mesmo sexo. Ele fez então uma analogia com a lenda grega de Édipo, denominando assim esta constelação também em pessoas normais.
Fiori (1981) afirma que:
Se a libido se organiza em torno dos genitais; se há busca de satisfação por meio de uma relação homem-mulher; se essa ligação é desejada e sentida como prazerosa; se a mãe foi o suporte afetivo inicial, é a mulher mais próxima e de quem o garoto mais gosta – a atraco que o menino sentirá pela mãe, com características agora sexuais, será conseqüência natural do processo.
Segundo Fenichel (2000) tem uma grande importância para a formação do Complexo