Complexidade Social na Amazônia Pré-Colonial
Luciano Souza
Este trabalho teve como objetivo (reflexivo) realizar pesquisa bibliográfica e levantar indicadores de complexidade social e guerra na
Amazônia Pré-Colombiana, cobrindo, especificamente, o território brasileiro. Apresentam-se evidencias etnográficas, etnohistóricas e materiais oriundas das pesquisas arqueológicas na área em questão.
Palavras Chaves: Arqueologia Pré-Colombiana, Complexidade Social, Guerra, Terras Baixas,
Amazônia.
A pesquisa arqueológica vem firmando que na Amazônia pré-colombiana existiram alternâncias/sobreposições de ocupações, mudanças na economia, na política e no contexto social das populações. Observadas principalmente nos padrões de ocupação, de 1000 a.c à 1600 d.c, relacionados aos tamanhos das áreas, densidade e duração da ocupação dos sítios arqueológicos.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar dados sobre os indicadores de possíveis emergências de guerras e “complexidade” social na Amazônia précolombiana. Salienta-se que toda população ou grupo humano tem suas próprias especificidades e complexidades oriundas de suas regras de comportamento social, político e econômico, sendo regidos por diferentes níveis de abstrações enraizados em seus códigos de sobrevivência, conduta e convicções sociais.
Classificar uma sociedade como “complexa” sempre foi problemático, e se tornou ainda mais nos últimos anos, pois este tipo de classificação vai contra ao ideário das ciências humanas, que se posicionam contra esse caractere evolucionista. Tem-se em vista, principalmente, a consciência de que nenhuma sociedade poderia ser considerada “simples”. Entretanto, o termo complexidade pode remeter a uma combinação de hierarquias centralizadas, processos e formação de um estado, com grande heterogeneidade cultural e diferenciação social sobressaída.
No registro arqueológico o termo “complexo”, é um meio de propor que, seguindo certos