Competitividade2
NELSON PILETTI e WALTER PRAXEDES
ESDE JANEIRO DE 1995 estão funcionando uma Zona de Livre Comércio e uma União Aduaneira, apontando ambas para a conformação de um território econômico comum entre Argentina, Brasil, Paraguai, e Uruguai. A livre circulação de bens, serviços e capitais entre os países envolvidos transformou-se em estratégia para a busca de inserção competitiva em um cenário internacional caracterizado pela globalização dos circuitos produtivos e pela consolidação dos blocos regionais de comércio, em um contexto histórico pós-Guerra Fria marcado pelo influxo das novas tecnologias de informação e das novas organizações enxutas e flexíveis.
D
O Mercado Comum do Sul, Mercosul, alia os quatro países membros tia tentativa de que a liberalização do comércio intrabloco, simultaneamente à "adoção de acordos setoriais, com fim de otimizar a utilização e mobilidade de fatores de produção e alcançar escalas operativas eficientes " - como expressa o artigo 5° do Tratado de Assunção - credencie os parceiros para competir com eficácia em terceiros mercados.
Confirma-se, assim, na América Latina, a tendência de os Estados nacionais internacionalizarem suas estruturas internas e suas funções para a adaptação das economias nacionais às exigências do sistema liberalizado de comércio e investimento em escala mundial.
Na área educacional, como lhe é característico, a teoria do capital humano identifica as possibilidades de crescimento sócio-econômico, no atual contexto internacional, à capacitação tecnológica que, por sua vez, depende de educação e formação profissional adequadas.
De acordo com o documento básico do seminário sobre Reforma
Educativa, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID)em Buenos Aires no dia 21 de março de 1996, de autoria de Martin
Carnoy (Universidade de Stanford) e Cláudio de Moura Castro (BID), "de resultas de las enormes transformaciones de la economía mundial en los pasados
20 años, la