Atividade Maquiavel Virtú
O poema define bem o sentido dessa roda quando enuncia que a fortuna é mutável, sempre aumenta e diminui, e a roda é volúvel. A imagem medieval também demonstra este aspecto com a queda e a ascensão do governante na mesma roda.
A fortuna, portanto, é justamente a “sorte monstruosa” também mencionada no poema, diretamente relacionada às circunstâncias mutáveis e complexas.
Ao controlar a roda da fortuna, o governante, de acordo com Maquiavel, pode finalmente alcançar a glória. Esta se refere àquilo que o governante almeja: a imortalidade (de modo que seja lembrado após sua morte), o prestígio e a estabilidade.
A forma em que o poema se refere à glória permite inclusive a comparação com a imagem medieval. Ao afirmar: “sentava-me no alto, coroado por multicores, flores da prosperidade”, se expressa uma ideia semelhante à figura do governante sentado em seu trono no topo da roda presente na imagem. E ainda na estrofe em que se encontra este trecho, a mutabilidade do destino, como apresenta a roda da fortuna, se torna ainda mais clara: “do pináculo agora despenquei, privado da glória”.
A virtú, outro conceito abordado nas obras de Maquiavel, é o uso adequado do livre arbítrio, ligado à habilidade política de característica humana. Para Maquiavel, a maneira adequada para guia-la tem suas bases no conhecimento estratégico militar, tendo o autor chegado a essas conclusões principalmente por influência do contexto histórico em que viveu.
É por meio da virtú que o Príncipe deve controlar a roda da fortuna apontando para a glória. O governante, para Maquiavel, deve evitar que medidas impopulares que possam denegrir sua imagem perante a população fossem aplicadas continuamente, sendo mais aconselhável que se tenha a imagem de aliado do povo.
E sob essa