Resumo De Maquiavel

Resumo de Maquiavel
A Verdade efetiva das coisas
Maquiavel tinha como seu principal foco de estudo o Estado. Mas não o Estado ideal, como deveria ser, como na tradição idealista de São Tomás de Aquino, Platão ou Aristóteles, e sim como estudado pelos antigos historiadores como Tácito, Políbio, Tulcídides e Tito Lívio. Sua regra metodológica era estudar a realidade concreta como ela se coloca, e não como gostaríamos que fosse. Seu problema central na análise política era sobre como fazer reinar a ordem e instaurar um estado estável. Trata-se de uma ruptura com o saber tradicional. A ordem não seria algo natural e nem fruto da vontade divina. Deveria ser construída pelo homem para evitar o caos e a barbárie, e mesmo alcançada não seria definitiva.
Em sua obra a Política é colocada como o resultado de forças diversas provenientes das ações concretas dos homens na sociedade, com toda a carga irracional e incerta, com todas as contradições que o homem traz em si e que as externa na busca pela conquista e manutenção do poder. Assim como a realidade todo esse movimento é incessante, e a cada alteração no sistema faz-se necessário voltar à própria realidade concreta para assim poder reinterpreta-la.
O espaço político se constitui e é regido por mecanismos distintos dos que norteiam a vida privada. Sendo que, segundo Maquiavel, o mundo da política não leva ao céu, mas sua ausência é o pior dos infernos.

Natureza humana e História
Seus “diálogos” com os antigos durante seus estudos de história e a própria visão de seu tempo como funcionário do estado o leva a concluir que os homens são “"são ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro". Essa natureza fraca e malévola do homem tende a leva a sociedade ao caos e à barbárie. Sendo ela imutável o estudo da história não deveria ser entendido como mero exercício de erudição, mas sim como uma forma de prever os acontecimentos com base numa análise dos fatores presentes.
A história, sendo cíclica,