Etnografia do Prazer em Manaus
Juliana Araújo Alves
Geógrafa, Mestre em Geografia
Universidade Federal do Amazonas jalves.geografia@gmail.com Paulo Rodrigo Sousa Santos
Graduando em Ciências Sociais
Grupo de Pesquisa Planejamento e Gestão do Território no Amazonas
Universidade Federal do Amazonas prodrigo.mao@gmail.com Kátia Viana Cavalcante
Doutoranda em Desenvolvimento Sustentável pela UnB
Professora da Universidade Federal do Amazonas katiavc29@gmail.com Tayane Cristina Gil de Menezes
Graduanda em Ciências Sociais
Universidade Federal do Amazonas tayane.gil@gmail.com INTRODUÇÃO: DEBATENDO O PRAZER NAS CIÊNCIAS HUMANAS
Os estudos sobre a relação do território e o fenômeno da prostituição têm sido amplamente debatidos na Geografia, nas Ciências Sociais, na Psicologia e na Filosofia, dentre outras áreas do conhecimento. Na Geografia Brasileira a base do debate vai se constituir com os geógrafos Miguel Ângelo Ribeiro e Rafael da Silva Oliveira em Território, Sexo e Prazer: olhares sobre o fenômeno da prostituição na Geografia Brasileira discutindo o fenômeno da prostituição na cidade do Rio de Janeiro, na fronteira Norte (Roraima-Venezuela) e sobre o processo de tráfico de mulheres para prostituição no exterior. Nas Ciências Sociais essa discussão é ainda mais consolidada, sendo até mesmo abordada por Marx e Engels em A Ideologia Alemã, ao conceituar lumpemproletariado como a camada constituída por trabalhadores em situação de miséria extrema, desvinculados da produção social e dedicados a atividades marginais, tais como: ao roubo e prostituição. Em O Capital Marx aborda a condição das prostitutas como detentoras dos meios de produção e da força de trabalhado participando das relações de produção (sociais). Na Psicologia o tema centra-se na questão das pulsões do corpo como motivadoras da ação conceito que recorre a Sigmund Freud. Sobre a deteriorização da identidade Erving Goffman aborda a