Competitividade
A competitividade é um dos princí pios da economia liberal que teve como principais precursores David Ricardo e Adam Smith (ANDRIOLI, 2003). De acordo com Smith, a ideia básica da concorrência é que, uma vez competindo entre si, os atores envolvidos automaticamente estariam contribuindo para o progresso geral da sociedade. Ricardo aborda a competitividade através da análise das vantagens comparativas, que se baseia no estabelecimento de um processo de intercâmbio, onde os envolvidos nas transações são mutuamente beneficiados nas relações.
Em decorrência das transformações nas relações econômicas mundiais, a competitividade ganhou status de garantidora da existência das empresas no escopo competitivo. Com isso, as empresas passaram a gerir suas competências, adequando seus recursos, para geração e manutenção de vantagem competitiva, administrando a evolução de sua participação no setor, em níveis mundiais ou locais, onde atua.
De acordo com Arrighi (1996), a partir do final da década de 70, a mobilidade geográfica do capital alterou significativamente a organização dos processos de produção e troca mundiais. Os agentes econômicos passaram a investir de forma a garantir maior flexibilidade e liberdade de escolha, tendo como objetivo principal, o lucro. Através da flexibilidade ilimitada e a capacidade de mudança e adaptação financeira, os paí ses periféricos sentiram mais os efeitos na economia por não terem capacidade de reação, ficando a mercê da estrutura de preço e consumo impostos pelo sistema econômico mundial.
A tendência aparente de centralização econômica em grandes corporações e segmentos líderes do agronegócio, seguramente introduziu vetores importantes nas novas estratégias de competitividade, modificando estruturas ou até mesmo, criando e determinando novos fatores, como por exemplo, o aparecimento de fatores não vinculados a preço como fontes determinantes da competitividade.
Diante da configuração econômica atual,