Competitividade
INSTITUTO DE ECONOMIA INDUSTRIAL
COMPETITIVIDADE: CONCEITOS E MEDIDAS:
UMA RESENHA DA BIBILIOGRAFIA RECENTE COM ÊNFASE NO CASO
BRASILEIRO.
Lia Haguenauer
TEXTO PARA DISCUSSÃO NO. 211
Agosto/1989
COMPETITIVIDADE: CONCEITOS E MEDIDAS:
UMA RESENHA DA BIBILIOGRAFIA RECENTE COM ÊNFASE NO CASO
BRASILEIRO.
Lia Haguenauer
Apesar de referência obrigatória na literatura recente sobre política industrial, análise do desempenho e perspectivas da indústria na próxima década, tanto no Brasil como no exterior, a noção de competitividade não é apreendida da m esma forma pelos vários autores. As diferenças resultam de bases teóricas, percepções da dinâmica industrial e mesmo ideologias diversas e têm implicações sobre a avaliação da indústria e sobre as propostas de política formuladas.
CONCEITO DESEMPENHO
A noção mais simples, implícita em grande parte dos textos, associa competitividade ao desempenho das exportações industriais. Trata-se de um conceito expost, que avalia a competitividade através de seus efeitos sobre o comércio externo: são competitivas as indústrias que ampliam sua participação na oferta internacional de determinados produtos. Além de ser quase intuitivo, a vantagem deste conceito está na facilidade de construção de indicadores, argumento utilizado, por exemplo, por Gonçalves
(1987) na análise das exportações brasileiras. É ainda o conceito mais amplo de competitividade, abrangendo não só as condições de produção como todos os fatores que inibem ou ampliam as exportações de produtos e/ou países específicos, como as políticas cambial e comercial, a eficiência dos canais de comercialização e dos sistemas de financiamento, acordos internacionais (entre países ou empresas), estratégias de firmas transnacionais, etc..
Os NIC’s asiáticos, que vêm expandindo violentamente sua participação no mercado mundial, são tomados como paradigma e a política de promoção às exportações é a
proposta