Políticas Públicas
Enfatizamos a atuação do Assistente Social na contemporaneidade pautado em seu código de ética e no projeto ético político a partir do movimento de reconceituação, superando a visão unilateral que havia sobre a profissão. É neste terreno de contradições que os assistentes sociais pautados neste projeto e sem abrir mão da crítica, fazem de seu cotidiano um agir comprometido com a universalização do acesso aos direitos, enfocando a legitimação social da profissão. Contudo, é na defesa da efetivação dos direitos que os assistentes sociais são capazes de criar caminhos estratégicos, visando a construção de vias de igualdade, tendo claro que no modo de produção capitalista a cidadania aparece de forma camuflada e contestadora – haja vista que a verdadeira cidadania está atrelada à universalização do acesso, equidade, justiça social e políticas sociais como direito. Como é feita a mediação entre o profissional assistente social e a demanda por ele atendida nessa perspectiva de universalização do aceso aos direitos sociais?
Quando se fala em políticas públicas, imagina-se uma política abrangente que atuará de forma efetiva no combate às desigualdades sociais. Mas na prática, os programas são focalizados e excludentes, pois delimitam a entrada e permanência de forma tão restrita, que poucos conseguem o benefício. Esse fenômeno é observado nos programas de transferência de renda, sejam por privação ou até mesmo por incapacidade para o trabalho.
Nessa perspectiva, onde o profissional de Serviço Social está inserido, se encontra a necessidade de utilizar uma dose de criatividade, de forma que se ofereçam caminhos alternativos para concretização dos direitos sociais, que embora sejam assegurados em lei, não são cumpridos, pois a demanda é maior que a oferta. Sempre pautado em sua bagagem de fundamentos históricos, teóricos e metodológicos em conjunto com a apreensão da realidade observada, cada atendimento deve ser único, ou seja, singular.
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