COMPETITIVIDADE MERCADOS DE CAPITAL ABERTO
Temos hoje quase 500 empresas brasileiras de capital aberto no Brasil. Dessas apenas 1/5 negociam com regularidade no mercado de capitais. A questão cultural é forte, mas o alto custo para abrir o capital é um dos maiores obstáculos para a atuação da maior parte das empresas nacionais na bolsa. A última crise econômica que derrubou de forma mais aguda a bolsa, e deixou o mercado de ações fraco por vários meses, abriu também espaço para as vantagens e desvantagens da abertura do capital, principalmente na questão da competitividade.
Conforme Francisco Santos, pesquisador do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) “Abrir o capital significa ter acionistas e investidores, que participam das decisões. É uma relação de custo e benefício”. E nas empresas de capital aberto, manter a competitividade e lidar com os concorrentes passa muito por uma administração transparente e eficiente do empreendedor. Isso porque ao ingressar no mercado de capitais, o administrador vai enfrentar oscilações, tomar decisões colegiadas juntos a sócios novatos que também terão voz, e em questões muitas vezes súper estratégicas. Alem disso terá de divulgar informações sejam financeiras ou não de forma transparente com regulamentações já fortemente definidas.
As informações reveladas podem ajudar a concorrência a perceber suas ameaças, ou mostrar as fraquezas da empresa, bem como ajuda a esse oponente a entender onde você está forte e de certa forma ajuda-lo a enxergar algumas formas de melhora que podem atrapalhar o próprio negócio.
Portanto, mantendo o capital fechado, a empresa preserva informações essenciais, mas deixa de acessar recursos a custo baixo, de aumentar a sua confiabilidade, já que confiança para o investidor facilita o negócio. Também não contará com a captação de recursos do investidor para financiar projetos e aumentar cada vez mais seu poderio no mercado e consequentemente sua competitividade, o que é essencial