Como o cérebro aprende a ler

Como o cérebro aprende a ler

Didática Geral.

Carazinho, junho de 2013.

Introdução.

O presente trabalho visa atender a uma solicitação da disciplina de
Didática Geral, a qual busca o entendimento e a compreensão de como nosso cérebro reage aos estímulos, e como visualizamos as palavras. Como o cérebro aprende a ler.

Ler uma prática cultural.

Aprender a ler é um processo que permite ao ser humano se apropriar de um produto da cultura. Essa aprendizagem é de natureza biológica e cultural.
Como não há um centro dado pela genética da espécie para ler, o cérebro
“recruta” várias áreas dos dois hemisférios cerebrais. A palavra é percebida como uma imagem.
O cérebro reage em milésimos de segundo a palavra escrita. A partir da área responsável pela percepção da palavra, chamada de área visual da palavra, a imagem se difunde rapidamente pelo cérebro, ativando várias outras áreas com as quais está conectada: as áreas auditivas, da fala, intelectuais e executivas, e igualmente, as áreas da memória e da emoção.
O ato de ler poderia ser explicado ou definido como a atividade de dar sentido a imagens gráficas cuja composição obedece ao sistema da língua escrita de cada língua falada.
Formar o significado na leitura é de natureza complexa, demandando um planejamento cuidadoso para o ensino da criança nos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
É preciso formar memória semântica da palavra escrita, não somente da palavra na oralidade. Saber o significado de uma palavra não é transferido automaticamente da oralidade para a escrita, é necessário aprender a função sintática da palavra na sentença.
Como consequência, temos que o ensino da sintaxe e semântica são os eixos da compreensão e interpretação no ato de ler. A escrita não tem como objetivo restituir a palavra como a pronunciamos, a escrita foi uma invenção que buscou representar a fala. Ler é então compreender.

Quem lê: o olho ou o cérebro? As mãos ou o cérebro?

Quem