Como o circo surgiu
O circo que conhecemos, feito de lonas e que viaja por diversas cidades com palhaços, acrobatas e muita alegria, surgiu em Londres, na Inglaterra, em 1768. Nesse ano, o sargento da cavalaria inglesa Philiph Astley decidiu mostrar suas habilidades sobre o cavalo em apresentações públicas. Para isso, montou um anfiteatro (espaço circular com palco e arquibancadas).
O espetáculo reunia dois grupos: os ex-militares da cavalaria real (que se equilibravam e saltavam sobre cavalos em movimento) e os artistas que se exibiam em praças, feiras e teatros populares, conhecidos como saltimbancos. A partir de então, as apresentações – que em pouco tempo se espalharam pelo mundo – passaram a ser feitas em espaço redondo, chamado picadeiro.
Mas as artes circenses – acrobacia, adestramento, equilibrismo, ilusionismo, malabarismo e outras –, que foram reunidas no picadeiro do circo, são bem mais antigas. Nasceram há milhares de anos com o desenvolvimento da humanidade. Acredita-se que egípcios e chineses já praticavam acrobacias na Antiguidade.
No Brasil o circo chegou na metade do século 19, trazido talvez por famílias europeias de tradição circense.
Como ele influencia na arte?
No Brasil, o circo influenciou e sofreu influência do teatro, da dança, da música, das artes plásticas e até da literatura; adaptando-se a cada tempo e a cada lugar, manifestando-se de diversas maneiras ao longo dos anos. Apesar de ter uma presença forte na cultura brasileira e paraense, o circo ainda é pouco valorizado e carente de espaços e políticas públicas que abranjam todas as suas facetas na contemporaneidade. Esses são alguns dos apontamentos da pesquisa feita pela artista circense argentina e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (PPGArtes/UFPA), Virgínia Abasto, sob orientação da professora Wlad Lima.