Como A Arte Educa
JUNIOR, João Francisco Duarte. Fundamentos estéticos da Educação. CAMPINAS: Papirus, 1953. O capítulo aborda conceitos e temáticas que circulam a criação artística, o processo de criação, a criatividade, imaginação, os meios de conversas entre Arte, ser humano e o processo artístico, sobre educação e, também, sobre a diferença entre os métodos e visões do adulto e da criança artista. O autor inicia o capítulo abordando os conceitos e processos do ato de criação, começando por Criatividade, definido como a capacidade de produzir novas idéias e objetos. Além disso, João diz que o processo de criação engloba dois passos iniciais: sentir/vivenciar (pré-simbólico) e a tradução desse sentimento (expressão por meio de símbolos). Sobre a tradução do sentimento, o autor diz ser a imaginação o meio para isso. Chama a imaginação de Rebelde, e diz que o ato criativo exige rebeldia, assim reafirmando a imaginação como Meio, não só para a tradução, mas também para ampliação e melhoria da experiência estética. Ainda sobre a temática imaginação, João aponta que dentro de nossa sociedade (racionalista), a imaginação é tida como um mal a ser destruído, sendo apenas permitido quando se obtém lucro sobre ela. Citando Piaget, o autor argumenta sobre o aprender/conhecer: são atos que envolvem criação durante seu processo. Em seguida, diz que a Arte leva o indíviduo a conhecer/aprender (criação) as experiências vividas, permitindo ao Homem compreender mais sobre si mesmo. A Arte também é apresentada como potencializadora da imaginação, e juntas elas se tornam ferramentas libertadoras, que negam o exato e se rebelam contra o "realismo". Ela também permite a compreensão dos sentimentos, faz você pensar sobre as experiências vivenciadas e permite que vivenciemos experiências impossíveis na vida cotidiana. Na parte final do capítulo, o autor fala sobre a Arte e a Criança: Para a criança, a Arte é uma atividade, uma ação significativa a partir do