Fichamento Como a arte Educa?
1. Algumas palavras sobre o ato da criação.
Páginas 96 e 97
É praticamente automática a associação que se faz entre arte e criatividade: Um fenômeno acaba sempre por conduzir-nos ao outro um. "As definições corretas de criatividade pertencem a quatro categorias, ao que parece. Ela pode ser considerada do ponto de vista da pessoa que cria, isto é, em termos de fisiologia e temperamento, inclusive atitudes pessoais, hábitos e valores. Pode também ser explanada por meio dos processos mentais - motivação, percepção, aprendizado, pensamento e comunicação - que o ato de criar mobiliza. Uma terceira definição focaliza influências ambientais e culturais. Finalmente, a criatividade pode ser entendida em função de seus produtos, como teorias, invenções, pinturas, esculturas e poemas."
Em primeiro lugar a criatividade se assenta sobre formas de pensamento distintas do pensamento rotineiro. O pensamento criador procura estabelecer novas relações simbólicas. Procura conectar símbolos e experiências que, anteriormente, não apresentavam quaisquer relações entre si. O pensamento criador não aproxima pura e simplesmente símbolos diversos, num jogo de ensaio e erro. Para o criador as ligações ocorrem, inicialmente, num nível pre-simbólico, vivencial. Num segundo momento é que ele busca expressar tais relações, encontrando símbolos que possam traduzi-las. O indivíduo criador é justamente aquele que dirige sua atenção a seus sentimentos, para depois expressá-los por meio de símbolos e de novas relações. Simbólicas. Por tanto o ato criador é essencialmente um processo pré-simbólico, ou pré-verbal.
Páginas 98, 99 e 100
A essência do pensamento divergente reside na capacidade de produzir formas novas, de conjugar elementos habitualmente considerados independentes ou discordantes. “É, se se quer assim dizer, a faculdade criadora, a imaginação, a fantasia”. Como substrato da criatividade, do pensamento divergente, encontra-se a imaginação. A imaginação diz