Como nos tornamos sociais
Inevitavelmente, para sobrevivermos, temos necessidade de vivermos em grupo. Quando um bebê se relaciona com sua mãe, acaba por começar um grupo, no caso, um grupo de dois. Posteriormente isso será levado por toda nossa vida, onde formamos grupos, tanto por necessidade, quanto por prazer ou por um objetivo imediato. Esses relacionamentos de grupo, em um determinado contexto, acabam por se padronizar na sociedade, e, por serem padronizados, desenvolvem certas regras que devem ser seguidas para evitar intervenções dos outros em sua vida, ou seu grupo.
Em todos os grupos, de diversas maneiras, podem ser encontradas algumas regras, desde as mais sutis, até as que acabam formando leis. E essas regras definem nossos papéis sociais, determinando também nossas relações sociais, dizendo o que temos e o que não temos de fazer.
Neste sentido, podemos detectar algumas expectativas comportamentais, algumas mais ou menos concretizadas, e, quanto mais as relações sociais são importantes para o bem-estar do grupo, mais rigorosas são as expectativas para o respeito das regras deste grupo.
Diante desses fatos, podemos questionar onde a individualidade pode entrar na nossa história de vida, sendo que tudo parece ser determinado pelos grupos e relações sociais. No entanto, temos a possibilidade de ter opções nas nossas escolhas, porém essas escolhas precisam estar pautadas na manutenção das relações sociais. E, diante dessas nossas escolhas, um mínimo ato fora de esperado pode ocasionar uma desordem. Ou seja, a nossa “liberdade” é: podemos fazer o que nos aprouver, entendendo que nosso “querer” tem limites.
Entretanto, como vivemos em grupos, durante as nossas relações surgem as diferenças, os confrontos, e isso proporciona a construção da nossa personalidade própria, por meio das similaridades e das diferenças.
Portanto, para que possamos ter a real idéia daquilo que realmente somos, ou a chamada consciência em si, precisamos considerar não só os