Como nos tornamos sociais
SILVIA T.M. LANE – O QUE É PSICOLOGIA SOCIAL
COMO NOS TORNAMOS SOCIAIS
a) OS OUTROS:
Desde o nascimento necessitamos de outras pessoas.
A vida de todo ser humano será caracterizada por participações em grupos:
grupos para sobrevivência;
grupos circunstanciais;
grupos esporádicos.
Desde o primeiro momento de vida o indivíduo está inserido num contexto social; as relações entre o adulto e a criança recém-nascida seguem um modelo ou padrão que cada sociedade veio desenvolvendo e que considera correta. São práticas consideradas essenciais, e, portanto, valorizadas; se não forem seguidas dão direito aos “outros” de intervirem direta ou indiretamente.
“Dar o Direito” – significa que a sociedade tem normas e/ou leis que institucionalizam aqueles comportamentos que historicamente vêm garantindo a manutenção desse grupo social.
A normas que, basicamente, caracterizam os papéis sociais, e que determinam as relações sociais.
Um complementa o outro – para agir como chefe tem que ter outros que ajam como chefiados; esta análise poderia ser feita em todas as relações sociais existentes em qualquer sociedade, quanto mais a relação social for fundamental para a manutenção do grupo e da sociedade, mais precisas e rígidas são as normas que a definem.
A liberdade de manifestarmos a nossa personalidade também tem a sua determinação histórica – naquelas atividades sociais que não são importantes para a manutenção da sociedade, ou, às vezes, até o contrário, a contravenção é necessária para reforçar o considerado “correto”, “normal”.
O viver em grupos permite o confronto entre as pessoas e cada um vai construindo o seu “eu” neste processo de interação, através de constatações de diferenças e semelhanças entre nós e os outros; é neste processo que desenvolvemos a individualidade, a nossa identidade social e a consciência-de-si-mesmo.
b) A IDENTIDADE SOCIAL
A questão da identidade tem sido estudada por psicólogos,