Como fazer a inteligência produzir o máximo de rendimento
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Para assegurar à inteligência uma atividade constante, útil e construtiva, é preciso preparar o campo mental de forma adequada, tal como se preparam os campos da lavoura, a fim de assegurar o trabalho na época da colheita e os benefícios a obter com sua comercialização, não cabendo a menor dúvida de que, para chegar a resultados favoráveis, esse processo deve ser cumprido.
No campo mental acontece o mesmo, pois, embora o cultivo das faculdades por meio do estudo represente a preparação que depois culmina na obtenção de um título para exercer uma profissão, isto não impede que, conseguido o primeiro resultado, se continue com o cultivo da inteligência, aperfeiçoando todos os outros resultados que se forem alcançando, para que, gradualmente, pela acumulação de conhecimentos, seja edificada uma vida ampla, sólida e feliz.
É necessário criar pensamentos que sirvam para impulsionar a vontade
E, como os seres humanos desenvolvem diversas atividades, o princípio de preparação do futuro vigora para todos, sem exceção. Vemos, assim, que é necessário, para o desenvolvimento de atividades futuras, criar pensamentos e construir ideias que sejam arquétipos fiéis para a inspiração; que sirvam para impulsionar a vontade na realização do que foi concebido. Logicamente, a inteligência desse modo se proverá de energias e desenvolverá uma função importantíssima na direção dos trabalhos que, até alcançar a culminação do objetivo perseguido, deverão ser executados.
Se não existisse o pensamento que anima o espírito e o move ao desenvolvimento de uma atividade dirigida à conquista de um propósito, estimulando com tais perspectivas as aspirações do ser, não haveria tampouco oportunidade para que este dedicasse a tal atividade seu tempo livre, porquanto faltaria o motivo que a promovesse. Tomemos, por exemplo, duas pessoas que realizam um determinado labor diário.