Como fazer uma resenha
Imaginemos duas resenhas distintas sobre um mesmo objeto: o treinamento dos atletas para uma copa mundial de futebol. Uma resenha destina-se aos leitores de uma coluna esportiva de um jornal; outra, ao departamento médico que integra a comissão de treinamento. O jornalista, na sua resenha, vai relatar que um certo atleta durante o treino marcou um gol olímpico, fez duas coloridas jogadas de calcanhar, encantou a platéia presente e deu vários autógrafos. Estes dados são simplesmente desprezíveis na resenha destinada ao departamento médico. Com efeito, a importância do que se vai relatar em uma resenha depende da finalidade a que ela se presta.
Em uma resenha de livros para o grande público leitor de jornal, não há o menor sentido de descrever-se, com pormenores, os custos de cada etapa de produção do livro, o percentual de direito autoral que caberá ao escritor, e assim por diante.
A resenha pode ser puramente descritiva, isto é, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador, ou crítica, pontuada de apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou.
A resenha descritiva consta de duas partes:
1. Uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto:
- nome do autor (ou dos autores);
- título completo e exato da obra (ou do artigo);
- cidade onde a obra foi publicada, nome da editora e, se for o caso, da coleção de que faz parte a obra;
- data da publicação;
- número de volumes e páginas.
Pode-se fazer, nesta parte, uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão em capítulos, assunto dos capítulos, índices etc.). No caso de uma obra