Como fazer super bebês
DIAGNÓSTICO PRÉ-IMPLANTAÇÃO (DPI)
Como é realizado o DPI?
Para quem não conhece a técnica, vale explicar que o DPI é um procedimento difícil, que requer primeiro uma fertilização in vitro. Quando o embrião tem de 8 a 16 células é possível, antes de implantá-lo no útero, retirar uma ou duas células e verificar se existe alguma alteração no número ou estrutura dos cromossomos (ou se é do sexo masculino ou feminino). Porém, só é possível descobrir se há alguma mutação específica responsável por uma doença genética se a mutação já for conhecida. Caso contrário, seria como procurar uma agulha num palheiro. Portanto, o DPI só é indicado para famílias de alto risco, ou seja, que já tiveram um filho ou parente próximo afetado e não querem ter um filho com o mesmo problema. Essa técnica permite que o casal selecione somente os embriões sem a mutação para serem implantados, permitindo-lhes assim gerar um descendente livre daquela doença.
Como começou e o que é possível hoje?
Quando a técnica surgiu, vinte anos atrás, o objetivo era prevenir o nascimento de meninos afetados por doenças que só atingem o sexo masculino, como a distrofia de Duchenne ou a hemofilia. Os casais em risco se submetiam a fertilização assistida e só eram implantados embriões do sexo feminino. Com o avanço da tecnologia, tornou-se possível selecionar embriões para outras características, o que tem gerado grandes discussões éticas. Uma delas, que é permitida nos Estados Unidos e que foi aprovada na Grã-Bretanha com limitações, é o caso dos chamados embriões “salvadores”. Esses embriões são selecionados para que sejam compatíveis no caso de doação do sangue do cordão umbilical (ou da medula óssea) para um irmão ou irmã afetado por uma doença tratável com células-tronco de cordão ou medula.
Evitar doenças ou satisfazer a vontade dos pais?
Com o DPI, já é possível os casais escolherem o sexo do bebê e selecionar embriões livres de mais de 300 doenças e